Por Cláudio Alcoforado
Próximo à minha casa, há um bar que já vai em uma meia dúzia de versões diferentes. A primeira era o Bar do Fernando, que foi de muito sucesso. Até que o pobre Fernando faleceu. A viúva tentou tocar o negócio mas teve sérios problemas de gestão e foi um tanto quanto enganada até por garçons. Depois vieram mais algumas versões muito mal administradas, sobretudo em relação ao cardápio e à qualidade dos pratos servidos. Todas quebraram!
Costumo ouvir de muita gente que, quando vários empreendimentos não prosperam em um endereço, é porque há uma cabeça de burro enterrada no local.
Em site na Intenet encontrei a explicação que diz que, “A expressão "Cabeça de Burro Enterrada" é muito comum em algumas regiões do Brasil. Ela foi cunhada por criadores de cavalo que esperavam a gestação de sua égua e quando o filhote nascia eles descobriam que aquele animal era um jumento. Jumento é o resultado do cruzamento entre uma égua e um burro. Ele é infértil e seu valor comercial é muito baixo. Os criadores encaravam essa situação como um grande azar, então abatiam o pobre bebê equino e o enterravam bem longe das suas posses para evitar a falta de sorte e levar aquele mal para onde o bichinho fosse enterrado.”
Você acredita que, não importando o modelo do negócio do empreendimento, nem quem são os empreendedores, um negócio tende a dar errado porque há uma maldição naquele local?
Eu não acredito nas cabeças de burros, creio que, havendo uma boa gestão, o sucesso virá. É claro que, quando é escolhido um ponto inadequado, nenhuma das versões terá sucesso, mas não foi o caso, quando o bar era de Fernando.
Vamos ver, no caso do bar, como se sairá a próxima versão.
Cláudio Alcoforado é Gestor Comercial na Blue Technology e presidente da SUCESU-PE (Sociedade dos Usuários de Tecnologia de Pernambuco).
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